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OAB-AL pede suspensão de recadastramento eleitoral em Maceió

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A Ordem dos Advogados do Brasil de Alagoas (OAB-AL) pediu a suspensão do recadastramento biométrico de eleitores realizado em Maceió. O motivo seria a falta estrutura para atender a mais de meio milhão de eleitores em um único local. Um protesto fechou a avenida Fernandes Lima, em frente ao Fórum Eleitoral é realizado o recadastramento.

Esse não é o primeiro protesto contra a maneira como estava sendo realizado o recadastramento, na semana passada outras duas manifestações ocorreram na mesma avenida. "Não dá para ser assim, é doidice. Cheguei aqui às quatro da manhã e até agora nada", disse Maria dos Santos Silva, que aguardava uma ficha para ser atendida no fórum eleitoral.

"Embora seja contrário a protestos que interditem vias e prejudiquem a população, concordo que o que temos visto desde o início do recadastramento biométrico é o eleitor submetido a sofrimento e constrangimento, enfrentando muitas horas de fila, sob sol e chuva, o que comprova que o local único, o número de funcionários e equipamentos disponíveis são insuficientes para atender o eleitorado da capital, estimado em 550 mil pessoas", disse o presidente da OAB, Omar Coêlho de Mello.

"A nossa sugestão é que até que essas estratégias sejam definidas, o TRE Tribunal Regional Eleitoral reveja o calendário apresentado e suspenda o atendimento da forma como vem sendo feito, evitando assim prejuízos para os eleitores e para a toda a população, que também é atingida pelos já constantes fechamentos da principal via da capital", disse o presidente da ordem.

O juiz responsável pelo fórum, Paulo Zacarias, comunicou que não aceitou a sugestão da OAB e disse que o recadastramento continua. "Vão ser distribuídas fichas para pré-agendamento", disse. Os pré-agendamentos são feitos das 8h às 15h.

Alagoas e Sergipe são os únicos Estados da federação que todas as urnas vão usar a biometria- identificação do eleitor pelas digitais. É uma medida do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para evitar fraudes nas urnas. Para isso acontecer, todos os eleitores nos dois Estados precisam ser recadastrados. Quem não o fizer, terá o título eleitoral cancelado.