Durante a inauguração oficial da estação Pinheiros do Metrô paulista, na manhã desta segunda-feira, em São Paulo, a mulher de uma das vítimas do colapso do poço central da obra, em 2007, Thaís Fernandes Gomes, foi impedida por seguranças de entrar no local. A estação estava aberta ao público desde as 4h40.
Thaís participava de um protesto pacífico, que contava também com representantes do Sindicato dos Metroviários e integrantes do movimento Passe Livre. "Eles não tiveram nem a preocupação em colocar aqui uma placa em homenagem às vítimas", disse.
Na época do acidente, ela estava grávida de mais de sete meses. Seu filho, Kauã, nasceu 41 dias após a morte do pai, Wescley Adriano da Silva, que era o cobrador do micro-ônibus que foi engolido pela cratera. O menino, que hoje tem 4 anos, também esteve presente na manifestação.
De acordo com o presidente do Metrô, Sérgio Aveleda, a companhia tratou todas as vítimas com respeito, dando apoio financeiro e moral a todos os envolvidos. "As indenizações foram rapidamente concluídas e estamos estudando algum tipo de homenagem", disse.
Thaís, que trabalha como caixa em um shopping em Taboão da Serra, na Grande São Paulo, disse que hoje foi a primeira vez que voltou ao local do acidente. "É muito difícil voltar aqui e lembrar de tudo o que aconteceu", afirmou.