A estiagem deste ano e o baixo nível dos rios no Amazonas já levou 40 dos 62 municípios do Estado a decretarem situação de emergência. Segundo o secretário executivo da Defesa Civil do Estado, coronel Roberto Rocha, esse número ainda pode aumentar nos próximos 20 dias, caso o ritmo da descida dos rios se mantenha.
As medições realizadas pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM) nos rios Solimões e Amazonas mostram que o nível já atingiu a menor marca da série histórica registrada pelo órgão, afetando diretamente os municípios de Parintins e Tabatinga. A pior situação é do município de São Paulo de Olivença, que decretou estado de calamidade pública em decorrência da estiagem e ainda de dois desmoronamentos, que deixaram inúmeras famílias desabrigadas
Em Manaus, o Rio Negro está em 13,80 metros, a 16 centímetros da marca histórica registrada em 1963, quando o nível chegou em 13,64 metros. A perspectiva do CPRM é de que o recorde seja superado ainda este fim de semana. ¿A estiagem excessiva em toda a bacia amazônica é resultado da baixa quantidade de chuva registrada desde o segundo semestre de 2009 até junho deste ano¿, explicou o superintendente do órgão, Marco Antônio Oliveira.
Nas comunidades mais isoladas e de difícil acesso, como na de Porto Praia, no município de Tefé, a Defesa Civil tem utilizado helicópteros do Exército e embarcações de pequeno porte para a entrega de suprimentos. A Força Aérea Brasileira destacou quatro aviões para auxiliar na entrega de alimentos e materiais e higiene aos moradores de comunidades remotas.