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BRASÍLIA - O comando da Polícia Federal enviou circular a superintendentes e diretores regionais determinando o bloqueio de verbas para operações em todo o país por tempo indeterminado. No documento, o diretor-geral da PF, Luiz Fernando Corrêa, reclama de cortes de R$ 122 milhões de janeiro a maio e alerta que a tendência é de que a situação se agrave.
O ofício foi encaminhado no dia 6 de junho, uma semana após o decreto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que reduziu em 3,5% o limite de pagamentos da PF, que já estavam comprimidos desde março. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.
Entre os gastos que já foram reduzidos estão as diárias pagas a delegados e agentes, que sofreram corte de 40%. Segundo um delegado que chefia operações no estado de São Paulo, falta dinheiro até para a gasolina dos veículos. No documento, Corrêa, diz que a PF deveria ter recebido R$ 64 milhões por mês até maio, mas o valor ficou em R$ 39,6 milhões. Os dados da execução do Orçamento apontam que o Ministério da Justiça só pagou até agora R$ 222,6 milhões dos R$ 410 milhões que havia reservado para bancar despesas da administração das unidades.