Agência Brasil
DA REDAÇ O - A Eletrobras está realizando estudos sobre a viabilidade de participação em projetos de integração dos sistemas de transmissão de energia elétrica nos Estados Unidos, e poderá investir até US$ 500 milhões na realização de trabalho conjunto com outras empresas, conforme informou o presidente da estatal, José Antônio Muniz Lopez, nesta quinta-feira.
Após participar de reunião do conselho diretor da empresa, Muniz Lopes disse que o governo americano está planejando há muito tempo a integração dos sistemas de transmissão, que não são interligados como no Brasil, "pois os estados lá têm leis diferenciadas". O presidente afirmou que vê perspectiva, a médio prazo, de uma grande demanda por linhas naquele país, área em que a Eletrobras tem muita experiência. O objetivo da empresa, que tem suas ações negociadas na Bolsa de Valores de Nova York, segundo Muniz Lopez, é avaliar com bastante critério as alternativas e possibilidades de rentabilidade para então tomar uma decisão.
O presidente da Eletrobras disse que acha "mais prudente a participação junto com empresas já existentes, para podermos aprender e assim comprar participações". Dentro do processo de internacionalização que a companhia brasileira está empreendendo, já foram montados escritórios em Montevidéu (Uruguai), que cuida dos interesses no Cone Sul, em Lima (Peru), para os negócios naquela área e ainda poderá ser instalado um terceiro na América Central, para cobrir os negócios na região, possivelmente no Panamá.
A empresa divulgou na última quarta-feira um comunicado ao mercado informando que o Plano Estratégico do Sistema Eletrobras, que vai até 2020, prevê a atuação no mercado internacional de energia elétrica, diretamente ou em consórcio, com empresas nacionais ou estrangeiras, para implantação e exploração de empreendimentos, prioritariamente em geração hidráulica e transmissão de energia. A nota informa que a empresa deverá focar oportunidades de negócios principalmente no continente americano, notadamente na Argentina, Colômbia, Estados Unidos e Peru. O volume de investimentos, segundo o comunicado, vai depender da conclusão de estudos.