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MS: Ficha Limpa pode barrar candidato do PT ao Senado

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Portal Terra

CAMPO GRANDE - O acordo que colocou o PDT de Mato Grosso do Sul na disputa por uma das vagas ao Senado ao lado do PT, nas eleições deste ano, poderá ter um "plano B", caso o pré-candidato pedetista, o deputado federal Dagoberto Nogueira, seja barrado pela lei que proíbe candidatos considerados "ficha suja" de se candidatarem. O PDT é a mais forte sigla aliada a PT.

O motivo desta mudança de planos é que Dagoberto foi condenado em dois processos por improbidade administrativa quando ainda era secretário de Justiça e Segurança Pública, no governo do PT (1998-2006).

O deputado não assumiu a possibilidade de não disputar as eleições deste ano, mas sua suplente, a professora Gilda - mulher do ex-governador e pré-candidato ao governo do estado Zeca do PT - seria naturalmente sua substituta nesta situação, já que o PDT perdeu seus principais expoentes que migraram para outros partidos.

A primeira condenação de Dagoberto por improbidade administrativa veio com a divulgação de um informativo com recursos públicos que tratava a respeito do projeto da Lei Seca implantada em Campo Grande.

O material foi considerado autopromocional e o ex-secretário foi condenado a ressarcir os cofres públicos em R$ 1,2 milhão, soma que corresponde a 100 vezes o valor do salário que ele recebia como secretário de Estado.

No segundo caso, o ex-secretário teria beneficiado uma empresa de segurança, que foi contratada sem licitação e que vendia terminais interligados diretamente com CIOPS (Centro Integrado de Operações) da Polícia Militar e garantiam atendimento preferencial aos clientes que contratam o serviço da empresa de segurança. Dagoberto foi condenado a devolver R$ 2.200 aos cofres públicos e a pagar uma multa de R$ 4.400.

Neste processo também foi condenado por improbidade administrativa o antigo comandante geral da Polícia Militar e atual deputado estadual, José Ivan de Almeida (PRTB), que também corre o risco de ser barrado nesta eleição por conta da lei Ficha Limpa. Outras três pessoas e a empresa contratada também foram condenadas.