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BRASÍLIA - A Polícia Federal (PF) investiga se a administração do governador afastado do Distrito Federal, José Roberto Arruda (sem partido, ex-DEM), cobrava 2,5% de propina do valor repassado pela administração distrital para a obra da nova sede da Câmara Legislativa do DF.
Uma das planilhas apreendidas em novembro na casa do ex-chefe de gabinete de Arruda lista valores e datas de quatro repasses à construtora Via Engenharia, sendo que o documento destaca o valor de R$ 133,6 mil, referentes a 2,5% do total de R$ 5,3 milhões pagos em 2008. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.
Segundo o jornal, o governo do DF e a empresa dizem desconhecer do que se tratam as planilhas apreendidas pela PF. O advogado Nélio Machado, que defende Arruda, afirmou à reportagem que o governador afastado não cobrava propina nem do setor de obras nem de qualquer outra área e que, somente após seu cliente ser solto, é que a defesa vai analisar as acusações. Arruda está preso por determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ) por interferir na investigação do mensalão do DEM - suposto esquema de pagamento de propina a parlamentares do DF.