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SP: 14 são presos em ação contra venda de atestados médicos

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Portal Terra

SÃO PAULO - A polícia Civil de São Paulo prendeu 14 pessoas que vendiam falsos atestados médicos para pessoas que queriam justificar a ausência ao trabalho. A iniciativa faz parte de um programa do governo do Estado paulista contra ao excesso de faltas entre os servidores. Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), os documentos eram vendidos na região central e na zona sul por valores que oscilavam entre R$ 20 e R$ 50. Os vendedores eram pessoas de 40 a 60 anos, que ficavam nas ruas com placas penduradas ao corpo.

Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPPC) foi o responsável pela operação Atestado 4, realizada após sete dias de investigação, nos quais 39 policiais civis trabalharam. Mais de mil atestados médicos foram apreendidos.

Foram realizados monitoramentos, abordagens e prisões na região central, como na Praça da Sé, no Largo do Paissandu, e nas ruas Conselheiro Crispiniano e Barão de Itapetininga. O Largo 13 de Maio, na zona sul, também foi alvo da ação.

Para identificar os suspeitos, os policiais usaram disfarces e chegaram até a comprar alguns atestados. Eles pediam pelo produto e recebiam de volta os documentos falsos em nome de diversos centros hospitalares, como: Hospital Regional Sul, Santa Casa de Misericórdia de Santo Amaro, Hospital das Clinicas e Hospital Santa Marcelina.

Os documentos serão analisado pela perícia do Instituto de Criminalística (IC). Para constatar a falsidade, a polícia entrou em contato com médicos que tiveram seus CRMs falsificados nos documentos, e comparou assinaturas e carimbos.

- Além de não encontrarmos nenhuma evidência da participação deles, todos negaram o envolvimento - disse o delegado Dejar Gomes Neto, diretor do DPPC.

Os homens ficavam nas ruas esperando potenciais clientes. Desempregados, eles emitiam atestados comprovando a doença que o funcionário quisesse - para afastá-lo do trabalho por quanto fosse necessário. Segundo João Batista Beolchi, corregedor da CGA, "esses funcionários tinham um cardápio de doenças à disposição e o preço do falso documento subia caso o afastamento fosse solicitado em datas próximas a feriados".