Agência Brasil
BRASÍLIA - A alta-comissária da Organização das Nações Unidas (ONU) para Assuntos de Direitos Humanos, Navanethem Pillay, reconheceu hoje a demora do Congresso Nacional em aprovar projetos de lei nessa área. Ela afirmou ter conhecimento de textos que tratam, por exemplo, da Amazônia e de povos indígenas, e que tramitam na casa há mais de dez anos.
- Estou aqui para oferecer o apoio de todo o meu escritório - disse, ao visitar a Comissão de Direitos Humanos do Senado. Ela destacou que é preciso encontrar uma forma de auxiliar os parlamentares na aprovação de projetos e lembrou que o país é membro de diversos tratados internacionais de direitos humanos e têm a obrigação de cumpri-los.
Além disso, Pillay considerou inaceitáveis os índices de violência contra a população negra no país. A representante da ONU garantiu que quer trabalhar de forma mais próxima ao Congresso brasileiro e também partilhar algumas práticas desenvolvidas na área de direitos humanos nos demais países da América do Sul.
Durante a reunião, o senador José Neri (P-SOL-PA) pediu apoio da alta-comissária para que se manifeste de forma contrária à extradição para a Itália do ex-ativista político e escritor Cesare Battisti. Vamos convencer o presidente a não entregar Battisti , disse.