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BRASÍLIA - A decisão do ministro José Antonio Dias Toffoli de não participar do julgamento do caso de Cesare Battisti no Supremo Tribunal Federal (STF) já era esperada pela defesa do italiano. O advogado Luís Roberto Barroso, que defende o ex-militante de esquerda, afirmou, em entrevista à agência de notícias Ansa, que esta é uma notícia "ruim", mas "já esperávamos".
O STF retomou hoje a audiência sobre o caso de Battisti, que é requerido pela Itália, onde é condenado à prisão perpétua pela morte de quatro pessoas. Contudo, no Brasil ele foi beneficiado pelo status de refugiado político em janeiro.
Barroso voltou dizer que crê na intervenção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Acredito que Lula vai ratificar o refúgio". Barroso também reiterou que irá pedir que o presidente do STF, ministro Gilmar Mendes, não vote no caso. Ele deve "se abster, porque este é um caso análogo ao de habeas corpus".
A sessão anterior, do dia 9 de setembro, foi encerrada com o pedido de vista de Marco Aurélio Mello, primeiro a se pronunciar na audiência de hoje. Na primeira votação, o placar terminou em 4 a 3 pela extradição.