Hermano Freitas, Portal Terra
SÃO PAULO - A cada nova geração, os jornais são menos lidos e o jornalismo de qualidade é cada vez mais caro. A migração do conteúdo para mídias tradicionais não significa aumento na receita. A fórmula para solucionar estas dificuldades da atividade midiática para o diretor do Clarín Global, Marcos Foglia, é "qualificar" os leitores.
- É muito importante ter uma audiência qualificada, porque não há como competir com o imenso tráfego dos sites buscadores - declarou Foglia.
Segundo o gerente de mídias digitais do grupo argentino, a maneira de lucrar através disso é capitalizar na forma de anúncios com preços diferenciados em função da "qualidade" de quem acessa o portal.
- Quem vai ao Clarín está atrás de informação, então é diferente de um usuário de um buscador ou de mídias sociais, que é um grupo muito aberto, sem segmentação - disse. Ele afirma que esta é uma possibilidade pela qual "estão lutando".
Foglia destacou que o Clarín tem um portfólio com veículos de todos os tipos, que vão desde jornais e sites de notícias até produtos de vídeo, rádio, blogs e sites de anúncios. Ele disse que ainda não há um público para o "kindle" na Argentina, mas não destacou utilizá-lo no futuro. "É preciso trabalhar em todas as áreas, já que a internet tem vários nichos. A arrecadação de receita deste meio está mudando e é preciso estar atento a todas as possibilidades".
O executivo preferiu manter o silêncio sobre um dos mais polêmicos assuntos de seu país: a lei de meios. Pela lei de imprensa argentina aprovada no Senado Federal, o conglomerado do qual o Clarín faz parte pode ser obrigado a se desmembrar por força da regulação. "Sabia que seria quest