ASSINE
search button

Violência pode matar 33 mil jovens no Brasil em 7 anos, diz estudo

Compartilhar

JB Online

BRASÍLIA - Estudo divulgado nesta terça-feira pela Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República revela que 33.504 jovens brasileiros serão assassinados em um período de sete anos. O estudo também apresenta, pela primeira vez, o Índice de Homicídios na Adolescência (IHA) no Brasil, que mede a probabilidade de um adolescente ser assassinado. O valor médio do IHA brasileiro é de 2,03, ou seja, de cada mil adolescentes, 2,03 serão vítimas de homicídio antes de completar os 19 anos.

A cidade com pior índice é Foz do Iguaçu (PR), com IHA de 9,7. Em seguida, vêm Governador Valadares (MG), com 8,5, e Cariacica (ES), com 7,3. O município do Rio de Janeiro aparece na 21ª posição da lista, com IHA de 4,9, enquanto São Paulo fica em 151º lugar, com índice de 1,4.

O estudo também indica que, entre os homens, a probabilidade de uma morte por homicídio é 12 vezes maior do que entre as mulheres. Já a probabilidade de que um negro seja assassinado é duas vezes maior do que um branco, de acordo com o levantamento. A maior diferença foi constatada na cidade de Rio Verde (GO), onde a chance de um adolescente negro ser morto é 40 vezes maior.

Também foi calculada a probabilidade de um adolescente ser morto por uma arma de fogo. Em todo o Brasil, essa chance é três vezes maior, em comparação com outras armas.

Os homicídios foram responsáveis por 46% das mortes entre adolescentes registradas em 2006. As mortes naturais somaram 26% e os acidentes, 22%. Os números apontam ainda que 3% dos adolescentes mortos se suicidaram e outros 3% morreram de causas "indefinidas"

O levantamento foi realizado pelo Laboratório de Análise da Violência da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), em parceria com o Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) e com o Observatório de Favelas.

Foram coletadas informações sobre as causas de mortes entre jovens de 12 a 19 anos de idade em 267 municípios, todos com mais 100 mil habitantes.

Com Agência Brasil