Portal Terra
SÃO PAULO - A coligação "Uma nova atitude para São Paulo", que apoiou Marta Suplicy (PT) nas eleições do ano passado, entrou no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com recurso pedindo a cassação de Gilberto Kassab (DEM), prefeito reeleito de São Paulo em 2008. A oposição acusa o democrata de ter promovido evento ilegal de campanha em julho daquele ano, caracterizando conduta vedada a agente público e compra de votos.
Segundo a acusação, a prefeitura paulistana teria convocado funcionários para o evento, com promessa de pagamento de horas extras, e disponibilizado ônibus para transportar os servidores até o clube Espéria, na zona norte da capital paulista.
O recurso diz ainda que o ato teria sido marcado pela divulgação do programa de saúde da campanha governista, tendo contado com participação de um animador de auditório, que convocava a platéia a gritar "Kassab prefeito".
A coligação pede a aplicação de multa e a cassação do prefeito e de seu vice, com aplicação da inelegibilidade por três anos da data do pleito. O relator do recurso é o ministro Joaquim Barbosa.
A acusação foi rejeitada pelo juiz eleitoral do município e pelo Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo, por ausência de provas. O Ministério Público Eleitoral também não viu ilícito algum nos fatos apontados pela coligação adversária de Kassab.
Nas instâncias inferiores, Kassab negou que o evento tenha sido patrocinado pela prefeitura. Segundo ele, a reunião foi um encontro de sua equipe de campanha com pessoas da área da saúde - tanto pública quanto privada - e não teria havido a alegada convocação de servidores.