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DA REDAÇÃO - O Ministério Público Eleitoral apresentou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) as alegações finais no recurso que pede a cassação do governador de Rondônia, Ivo Cassol (sem partido), e reconheceu haver evidências de captação ilícita de votos e abuso de poder econômico durante a campanha ao governo estadual nas eleições de 2006. Por isso, o órgão pede que a Corte casse os diplomas de Cassol e de seu vice, João Aparecido Cahulla.
O documento, assinado pelo procurador-geral eleitoral, Antonio Fernando Souza, cita os depoimentos de cinco testemunhas, confirmando que funcionários de uma empresa de vigilância que prestava serviços para o governo de Rondônia teriam sido abordados, durante o período eleitoral, com propostas para votarem no candidato Ivo Cassol e em outros três nomes, em troca de R$ 100.
Segundo as testemunhas, para a formalização do "negócio", os vigilantes teriam sido obrigados a assinar contratos de prestação de serviços - apelidados de contratos "formiguinha".
Já o inquérito da Polícia Federal confirmou, por meio da quebra de sigilo de funcionários da empresa de vigilância autorizada pela Justiça, que centenas de depósitos de R$ 100 foram feitos em agências do Banco do Brasil, entre a tarde do dia 28 e a manhã do dia 29 de setembro de 2006 - uma semana antes do dia das eleições, ressaltou o Ministério Público em seu parecer.
Souza lembra, ao final do documento, que o governador foi cassado no Tribunal Regional Eleitoral de Rondônia pelos fatos apurados nessas investigações e que permanece no cargo graças a uma liminar concedida pelo ministro Arnaldo Versiani, em novembro de 2008.