Portal Terra
SÃO PAULO - O secretário de Saúde do município de Andradina, no interior de São Paulo, Farid Haddad, confirmou nesta segunda-feira que aumentou de 35 para 52 o número de pessoas infectadas por micobactérias no município. As vítimas foram contaminadas durante o ano de 2008, quando se imunizaram com diversos tipos de vacinas no antigo posto de saúde da cidade.
A contaminação por micobactéria foi descoberta no início deste mês, quando a Secretaria de Saúde do Estado anunciou que 35 pessoas passavam por tratamento para curar feridas surgidas após a vacinação. Pelo menos 15 delas foram submetidas a cirurgias plásticas para apressar a cicatrização dos ferimentos e dos nódulos que surgiram nos braços. Todas as vítimas, incluindo duas crianças, são tratadas com antibióticos e recebem curativos todos os dias.
- Com a divulgação dos casos pela imprensa, 17 novas vítimas apareceram nas últimas semanas, aumentando para 52 o número de pessoas infectadas - disse Haddad. Apesar do aumento dos casos, segundo o secretário, "a situação está sob controle".
As causas da contaminação ainda são desconhecidas. Há suspeita de que as micobactérias tenham transmitido a infecção pelo uso de sabonete líquido. - Exames com seringas, agulhas e materiais usados na imunização deram negativo, assim como a análise dos lotes das vacinas (tétano, gripe, rubéola, etc.) usadas. Agora, só faltam sair os resultados dos exames feitos com o sabonete líquido e a água usada no antigo posto, que está desativado - contou Haddad.
Com os novos casos, as autoridades do município descobriram que a contaminação não foi somente em pessoas que se imunizaram no segundo semestre de 2008, como se pensava anteriormente. - Existem casos de pessoas que receberam vacinas em abril (de 2008) - disse o secretário.
No entanto, segundo ele, as feridas dessas novas vítimas estão em processo adiantado de cicatrização. De acordo com Haddad, os maiores cuidados estão sendo dedicados às 15 vítimas que passaram pelas cirurgias plásticas.
- Essas precisam de um cuidado maior, mas acreditamos que em 90 dias todas elas estarão inteiramente curadas - disse.