Luiz Orlando Carneiro, Jornal do Brasil
BRASÍLIA - O delegado Protógenes Queiroz,da Polícia Federal, ajuizou no Supremo Tribunal Federal, no fim da tarde desta segunda-feira, habeas corpus preventivo com pedido de liminar, a fim de que a CPI das Escutas Telefônicas que vai tomar, amanhã, o seu depoimento lhe conceda o tratamento de acusado ou investigado , assegurando os direitos de não assinar termo de compromisso como testemunha; de ficar calado ou em silêncio; e de ser assistido por advogado e com ele comunicar-se. Pede ainda que receba salvo-conduto, tendo em vista grave risco de consumação de constrangimento ilegal . Ou seja, de ser preso.
A petição assinada pelos advogados Raul Livino de Azevedo, Sebastião José Lessa, Fernando Quércia e Luiz Fernando Galo tem como alvo o presidente da CPI, deputado Marcelo Itagiba (PMDB-RJ). Os advogados alegam que seu cliente foi convocado para depor na última sexta-feira, sem conhecer parte dos autos do inquérito a que responde na Polícia Federal. Além disso, reclamam que o presidente da CPI já pediu o indiciamento de Protógenes e do ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Paulo Lacerda. E acrescentam que o paciente está sendo convocado para depor na CPI presidida pelo deputado Marcelo Itagiba, e que tem como objeto os mesmos fatos que estão sendo apurados no qinuérito policial .
Na semana passada, o delegado Protógenes Queiroz voltou a dizer que vai apresentar nomes, individualizar as condutas e apontar qual o papel de cada um no esquema criminoso montado pelo banqueiro Daniel Dantas à chamada CPI dos Grampos, logo depois de participar de reunião com a bancada do PSOL, no Senado.