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CPI ouve Protógenes para esclarecer contradições em depoimentos

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Agência Câmara

BRASÍLIA - A CPI das Escutas Telefônicas ouve nesta semana o delegado da Polícia Federal, Protógenes Queiroz. O depoimento é o segundo do delegado à comissão. O presidente da CPI, deputado Marcelo Itagiba (PMDB-RJ), informa que um dos objetivos dos parlamentares é pedir explicações a Protógenes Queiroz sobre as contradições entre os depoimentos prestados à comissão e à Polícia Federal. O depoimento está marcado para quarta-feira, às 14h30, no plenário 11.

O delegado comandou a operação que resultou, no ano passado, na prisão de 20 pessoas acusadas de crimes financeiros. Entre eles, o empresário e investidor financeiro Naji Nahas, o banqueiro Daniel Dantas, dono do Opportunity, e o ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta. No inicio deste mês, a PF indiciou criminalmente Protógenes e mais quatro escrivães pelos crimes de quebra de sigilo funcional e violação da Lei de Interceptações.

Protógenes Queiroz informa em seu blog que prestará depoimento acompanhado dos senadores José Nery (Psol-PA), Eduardo Suplicy (PT-SP) e Pedro Simon (PMDB-RS). Ele diz que, se questionado pelos parlamentares, dará nomes aos personagens envolvidos na investigação. - Vou atender pontualmente cada membro da comissão. Vou dar nomes e individualizar condutas - prometeu. A reconvocação do delegado foi pedida pelos deputados Raul Jungmann (PPS-PE), Vanderlei Macris (PSDB-SP) e Nelson Pellegrino (PT-PE).

No mesmo dia, a CPI ouvirá o escrivão da Policia Federal Walter Guerra Silva, que trabalhou como assistente do delegado Protógenes Queiroz na Operação Satiagraha. O depoimento foi solicitado pelo deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP).

Na quinta-feira, a CPI ouve o ex-diretor-geral da Polícia Federal e da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Paulo Lacerda, com o mesmo objetivo - esclarecer contradições entre os depoimentos prestados à CPI e à PF. Algumas dessas contradições já foram apontadas pelo relator, deputado Nelson Pellegrino (PT-BA), em seu parecer e encaminhadas ao Ministério Público para mais investigações. Como os trabalhos foram prorrogados, o relator acredita que a própria comissão pode fazer isso.