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DA REDAÇÃO - A sentença judicial que levou à prisão da empresária Eliana Tranchesi, dona da loja Daslu, na última quinta-feira, mostrava falsificação de notas fiscais. De acordo com o Fantástico, uma bolsa que no exterior é vendida por US$ 3,9 mil (R$ 8,9 mil) era declarada pela empresa como valendo US$ 9,50 (R$ 21).
Ainda segundo o telejornal, a compra de mercadorias no exterior era feita por empresas de "fachada". As notas fiscais verdadeiras seriam substituídas por falsas com valores menores para pagar imposto mais barato.
Outro exemplo citado na sentença mostra um sapato de grife que custa R$ 1,3 mil sendo declarado como custando R$ 9.
A defesa de Eliana Tranchesi disse ao Fantástico que a Daslu não comprava direto no exterior e que responsabilidade era das importadoras. A Justiça estima que a Daslu deve R$ 1 bilhão.
Eliana Tranchesi deixou a carceragem do presídio feminino de Sant'Ana, na zona norte de São Paulo, na noite da sexta-feira, segundo a Secretaria de Administração Penitenciária do Estado de São Paulo (SAP). A Justiça Federal havia concedido habeas-corpus à empresária no final da tarde. Ela foi presa na manhã de quinta-feira, após condenação a 94,5 anos de prisão pelos crimes de formação de quadrilha, contrabando e falsificação de documentos, descobertos na Operação Narciso, deflagrada em 2005.