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PORTO ALEGRE - O vice-governador do Rio Grande do Sul, Paulo Afonso Feijó (DEM), negou nesta terça-feira que esteja envolvido nas acusações feitas pelo Psol contra a governadora do Estado, Yeda Crusius (PSDB). Em entrevista à rádio Gaúcha, ele afirmou que não se sentiu atingido por declarações da governadora e de secretários do PSDB de que ele estaria por trás das denúncias.
- De forma alguma me senti atingido. Não pertenço à 'extrema direita golpista' como ela classificou. Sou sim um democrata e liberal - disse.
Feijó também afirmou que não se encontrou com integrantes do partido na véspera da divulgação das denúncias, conforme teria apurado a inteligência do Palácio Piratini.
- Essa dita inteligência do Piratini, se divulgou isso, para mim não é inteligente, é burra ou mal-intencionada - disse.
O vice-governador alega que estava em Punta del Este, no Uruguai, na véspera da entrevista concedida pelos líderes do Psol, e afirmou que os carimbos em seu passaporte confirmam a entrada no país um dia antes da apresentação das acusações.
O Psol denunciou uma série de irregularidades envolvendo integrantes do governo estadual no uso de caixa 2 em campanha eleitoral e a suposta participação da governadora em negociação e partilha de dinheiro desviado do Detran. A cúpula do partido entende que o Legislativo pode requisitar cópias de gravações que serviriam de prova da fraude para a juíza Simone Barbisan Fortes ou ao Ministério Público Federal.
Ontem, Yeda chamou as acusações de 'tentativa zumbi' de atacar o governo, durante ato para divulgar o aumento salarial dos policiais, construção de 600 açudes, investimento em habitação e asfaltamento de acessos a 17 municípios. Yeda afirmou que a questão está no âmbito judicial. Segundo a governadora, ao Judiciário, resta dar continuidade a esse processo e, ao Executivo, resta responder, por meio da Secretaria da Transparência.