Luiz Orlando Carneiro, Jornal do Brasil
BRASÍLIA - O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF) que havia decidido, no último dia 13, excluir a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, e o ministro da Justiça, Tarso Genro, da lista de possíveis investigados em um inquérito da Polícia Federal, que apura a produção e o vazamento de dossiê sobre gastos do ex-presidente Fernando Henrique resolveu solicitar nesta terça-feira (3) parecer do procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, como é de praxe nesses casos.
No despacho do dia 12, o ministro disse considerar não haver, até o presente momento, indícios ou elementos de prova a implicar, neste procedimento investigativo, a ministra-chefe da Casa Civil e o ministro da Justiça . E mandou devolver o inquérito sigiloso à primeira instância da Justiça Federal, já que os demais investigados não tinham foro privilegiado por prerrogativa de função. Até agora, o único indiciado foi o secretário de Controle Interno da Casa Civil, José Aparecido Nunes Pires. Ele é acusado de quebra de sigilo funcional por ter repassado o dossiê, feito em fevereiro de 2008, por e-mail ao Senado. Com o despacho desta terça-feira, o inquérito volta a tramitar, por enquanto, no STF.