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FLORIANÓPOLIS - Um grupo de indígenas mantém como reféns em uma reserva um grupo de políticos da cidade de Itáopolis, a 300 km de Florianópolis, em Santa Catarina. O prefeito e seu vice estão entre as pessoas que não podem deixar a Reserva Indígena Duque de Caxias desde o início da tarde desta quinta-feira.
O prefeito César Wendt foi até a zona rural da cidade para pedir o fim dos protestos dos índios, que desde o dia 9 de janeiro bloqueiam estradas na região e ocupam uma fazenda de reflorestamento. No local, ele foi rendido e proibido de deixar a reserva. Além dele, o vice-prefeito da cidade, Alceu Schneider, o vereador João Henrique Becker e um secretário municipal também estão presos no local. Policiais militares aguardam o auxílio da Polícia Federal para tentar negociar a libertação dos reféns.
O clima é tenso entre cerca de 500 indígenas manifestantes e agricultores locais, que temem perder suas propriedades. Os índios exigem a ampliação da reserva, conforme portaria publicada pelo Governo Federal em 2003. Pelo documento, a reserva Duque de Caxias seria ampliada dos atuais 14 mil para 37 mil hectares.