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Temporão rebate dados do Unicef

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Jornal do Brasil

BRASÍLIA - O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, rebateu nesta sexta-feira a queda de posição do Brasil no ranking do Fundo das Nações Unidas para Infância (Unicef), que avalia as taxas de mortalidade infantil em crianças com até cinco anos em 194 países.

Apesar dos dados da Unicef serem melhores que os apresentados pelo Ministério, Temporão disse que o Brasil poderia estar em uma posição melhor se os índices do órgão tivessem sido utilizados.

O Ministério da Saúde diverge dos dados da Unicef afirmou, durante a posse do novo presidente da Fundação Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro. Nós fizemos uma reunião com a Unicef em que ela reconhece os dados do ministério como mais confiáveis.

De acordo com o relatório Situação Mundial da Infância 2009 divulgado nesta quinta-feira pela Unicef, a taxa de mortalidade infantil em crianças menores de cinco anos no Brasil era de 22 para cada mil nascidos vivos, em 2007. Com o número levantado pelo organismo internacional, o Brasil havia piorado seis posições no Ranking mundial da entidade. Já os dados do ministério, produzidos com outra metodologia, mostram que a taxa era de 23,1 para cada mil nascidos vivos no mesmo ano.

Queda

Os dados da Unicef colocam o Brasil na 107ª posição em uma lista com 194 país. A posição pode ser considerada um pouco pior que o 113º do ano passado, pois, quanto mais próximo da primeira colocação, pior a classificação do país.

- (Se fossem utilizados os dados do ministério) estaríamos melhor posicionados - reforçou Temporão. Para o ministro, a pesquisa desconsidera o esforço do país para acabar com o problema ao longo dos últimos 20 anos, embora a Unicef tenha, durante a divulgação dos dados, ressaltado a evolução do país num corte de período mais longo.

- Nos dados do Ministério, o que se percebe é uma redução sustentada e gradativa - disse. - O retrato de um determinado momento não mostra toda uma trajetória.

A Unicef garante que a mudança de posição do Brasil no ranking não significa nem melhora nem piora do país no combate a mortalidade infantil e argumenta que a metodologia utilizada nos relatórios pode variar ano a ano.

Com informações de agências