Márcio Leijoto, Portal Terra
RIO VERDE - Três mulheres mortas em circunstâncias semelhantes em Rio Verde (GO), a 235 km de Goiânia, fez com que a polícia civil trabalhasse com a hipótese de haver um "serial killer" na cidade. Duas das supostas vítimas foram encontradas em um matagal no intervalo de 10 dias este ano. Em junho do ano passado, outra mulher foi encontrada morta no mesmo local.
O suposto "maníaco do matagal", como é chamado pelos moradores de Rio Verde, pode ter violentado as três vítimas - a suspeita ainda não pôde ser confirmada devido ao avançado estado de decomposição dos corpos.
Para a delegada Renata Roberta Ferrari Cecatto, titular da Delegacia da Mulher em Rio Verde, a principal hipótese é que o assassino realmente seja uma mesma pessoa.
- Ou então, quem matou estas duas mulheres neste ano imitou a pessoa que matou a mulher em junho do ano passado. Como o crime (de junho) não foi solucionado, foi imitado - disse. Por enquanto, a polícia não tem nenhuma pista sobre como seria o suposto serial killer.
Os corpos foram abandonados em um lote baldio na periferia de Rio Verde, cidade com 150 mil habitantes. A área fica em frente a um imóvel abandonado tomado pelo matagal. Todos os corpos estavam completamente nus. Os objetos pessoais e vestimentas das mulheres foram deixados próximos aos corpos.
A primeira vítima foi Marília Souza Cabral, encontrada no dia 10 de junho de 2008. Na última segunda-feira, policiais militares avistaram no matagal o corpo de uma mulher cuja identificação ainda não foi comprovada. O corpo estava no mesmo local em que, uma semana antes, no dia 5, foi achada morta a dona de casa Antônia Maria de Jesus, 59. Estas duas vítimas teriam sido mortas com golpe de uma arma branca, segundo a polícia militar.
A delegada diz que não é possível confirmar se as mulheres foram vítimas de violência sexual. A suspeita se deve ao fato de elas terem sido deixadas nuas.
- É muito difícil dizer o que aconteceu com elas por causa do estado de decomposição em que foram encontrados os corpos. A primeira vítima ficou desaparecida por cinco dias. E a segunda, ficou seis - comentou a delegada.
A polícia chegou a investigar uma ligação entre as vítimas, mas nada foi levantado.
- Elas não são nem parecidas - disse a delegada. Várias pessoas já foram ouvidas, nenhuma que levasse a um suspeito. Um quarto assassinato investigado pela polícia teve a ligação com as mortes descartada, já que a vítima teve o corpo carbonizado dentro da casa dela.