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BRASÍLIA - O juiz Alaôr Piacini, da 9ª Vara da Justiça Federal em Brasília, excluiu o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu e o ex-ministro dos Transportes Anderson Adauto do processo por improbidade administrativa relativo ao mensalão. Este processo é um dos desmembramentos do caso. Há também uma ação sobre o mensalão que corre no Supremo Tribunal Federal (STF).
- À época dos fatos, ele era ministro, por isso deve responder por crime de responsabilidade perante o Supremo Tribunal Federal - afirmou o juiz, explicando por que julgou atípica a inclusão de Dirceu no processo. A decisão, tomada na segunda-feira, não foi divulgada porque o processo corre em segredo de Justiça.
Ainda de acordo com Piacini, o que ocorreu não foi um erro, mas apenas um problema de interpretação. "Agora cabe ao Ministério Público oferecer uma denúncia ao Supremo, se julgar necessário", disse.
Mensalão
O caso do suposto mensalão chegou ao conhecimento público depois que o ex-deputado federal Roberto Jefferson afirmou que parlamentares recebiam valores mensais para votar a favor de projetos de interesse do poder Executivo. O Supremo Tribunal Federal aceitou denúncia contra 40 pessoas.
O dinheiro viria das contas de Valério, que o repassaria ao tesoureiro do PT, Delúbio Soares. A verba para o pagamento do mensalão seria arrecadada de empresas estatais e de empresários, principalmente por meio de contratos publicitários, pelas empresas e Valério.