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PORTO ALEGRE - As perdas nas lavouras de milho do Rio Grande Do Sul, devido à seca, já chegam a quase 1 milhão de toneladas. Os produtores do Paraná também avaliaram nesta sexta-feira uma quebra nas safras de soja e milho que totaliza mais de 5 milhões de toneladas, maior do que os números até o momento divulgados.
A estiagem nos dois Estados do Sul, que começou em novembro prolongando-se até meados de dezembro, atingiu várias áreas. Chegou a chover após esse período, mas as precipitações não foram regulares, ampliando os prejuízos, disseram fontes do setor.
Paraná e Rio Grande do Sul costumam responder juntos por mais de 30% da safra de soja do Brasil e por aproximadamente 35% da colheita de milho, segundo números do Ministério da Agricultura.
- As perdas são maiores do que as apresentadas até agora pelo Departamento de Economia Rural (Deral) do governo do Paraná e a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) - disse o engenheiro agrônomo e assessor técnico e econômico da Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar), Robson Mafioletti.
Segundo a Ocepar, com atuação na maior parte da área produtora do Estado, a safra da oleaginosa deve cair em mais de 20% em relação à expectativa inicial e a do milho, em mais de 35%.
Os números seriam apresentados na tarde desta sexta-feira, em Curitiba (PR), pelos dirigentes da Ocepar ao ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes. Os produtores querem obter da autoridade, cuja carreira está ligada ao Paraná, alguma ajuda extra.
Considerando as previsões do Deral, o Paraná já teria perdido 3,2 milhões de toneladas de milho e colheria uma primeira safra de 5,5 milhões de toneladas, ante 9,7 milhões de toneladas na temporada passada.
Maior produtor de milho do Brasil e segundo em soja, o Estado estaria com perdas para a oleaginosa bem superiores aos 2 milhões de toneladas já registrados pelo Deral, com a produção ficando abaixo de 10 milhões de toneladas, número inferior aos 12 milhões de toneladas no ano passado.