Agência Brasil
BRASÍLIA - A defesa do italiano Cesare Battisti ajuizou hoje no Supremo Tribunal Federal (STF) uma petição em que solicita a revogação de sua prisão. Terça-feira, o ministro da Justiça, Tarso Genro, concedeu refúgio político ao escritor, de 52 anos, por entender que existe o elemento de "fundado temor de perseguição no processo de extradição movido pelo governo italiano.
Battisti foi condenado em seu país de origem à prisão perpétua em duas sentenças, ao ser apontado como autor de quatro assassinatos, entre 1977 e 1979.
Ex-líder da extrema esquerda na Itália, vinculado ao grupo Proletários Armados pelo Comunismo (PAC), Battisti fugiu do país para a França em 1981, onde viveu por mais de dez anos. De lá, veio para o Brasil, onde foi preso, no Rio de Janeiro, em 18 de março de 2007. O italiano encontra-se detido em uma penitenciária do Distrito Federal.
A petição pode ser analisada pelo presidente do STF, ministro Gilmar Mendes, ou pelo ministro Cezar Peluso, relator no STF do pedido de extradição de Battisti. Peluso assumirá interinamente a presidência do STF na próxima segunda-feira e ficará nessa condição até o término do recesso judiciário, em 2 de fevereiro.