Agência Brasil
BRASÍLIA - O presidente da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), Danilo Fortes, defendeu hoje a participação ativa do órgão na secretaria que vai ser criada no âmbito do Ministério da Saúde para cuidar da assistência aos indígenas.
Para Fortes, o conhecimento acumulado e a experiência da Funasa devem ser levados em consideração, pois é um patrimônio do Estado brasileiro".
Nos últimos 8 anos, segundo Fortes, todos os indicadores da saúde indígena mostraram evolução. A mortalidade infantil, segundo ele, beirava 140 casos para cada mil índios nascidos, e hoje a proporção está em 46 mortes para cada mil nascimentos, com previsão de redução ainda maior até o final do ano.
Os casos de tuberculose caíram também em 70% e, segundo o presidente da Funasa, o trabalho de combate desta e de outras doenças é reconhecido internacionalmente.
O presidente da Funasa se reuniu na última semana com o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, para discutir a criação da secretaria, que está em estudo no ministério por grupo de trabalho.
Danilo Fortes reconheceu que a Funasa teve problemas na área do atendimento indígena no início da década, quando "havia no país a pregação do Estado mínimo, que levava ao uso da terceirização no trabalho de assistência à saúde".