Iolando Lourenço, Agência Brasil
BRASÍLIA - A disputa pela Presidência da Câmara dos Deputados ganhou nesta sexta-feira, o quarto candidato: o primeiro-secretário da Casa, Osmar Serraglio (PMDB-PR). Em entrevista coletiva, Serraglio informou que sairá como candidato avulso, já que o PMDB lançou oficialmente a candidatura do deputado Michel Temer (SP), que é presidente nacional do partido. Também disputam o cargo os deputados Ciro Nogueira (PP-PI) e Aldo Rebelo (PCdoB-SP).
- Estou dando à Câmara oportunidade de escolher alguém, respeitando o principio da proporcionalidade partidária. Sou do maior partido - justificou o parlamentar paranaense. É tradição na Câmara que o maior partido indique o presidente. Como o PMDB é o maior partido, Serraglio entende que, votando nele, os deputados respeitarão essa regra.
Osmar Serraglio se destacou no Congresso como relator da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito do Mensalão. Na última eleição para a Mesa Diretora da Câmara, elegeu-se primeiro-secretário, segundo cargo em importância na direção da Casa. Ele disse que, se for eleito, fará uma gestão feijão-com-arroz, com responsabilidade e que pretende construir mais um prédio o Anexo V para instalar gabinetes dos deputados.
O candidato oficial do PMDB, Michel Temer, tem conseguido apoio formal de várias legendas: o primeiro apoio declarado foi do PT, que tem a segunda maior bancada na Câmara. Também já formalizaram apoio a Temer as bancadas do PSDB, do DEM, do PPS, do PTB, do PV e do PR. Os votos desses partidos, somados, chegam a 350, número mais do que suficiente para Temer ser eleito em primeiro turno. A disputa só será levada para o segundo turno se nenhum dos candidatos conseguir maioria absoluta de votos (257) no primeiro turno de votação, que é secreta.
O deputado Milton Monti (PR-SP), que havia se lançado candidato, desistiu de concorrer e declarou apoio a Temer. Ele explicou que seu partido decidiu compor o chamado blocão e apoiar Temer, tendo, com isso, direito a ocupar a Segunda Secretaria da Mesa, pela regra da proporcionalidade.
Os outros cargos da Mesa Diretora, como a primeira e a segunda vices-presidência, a primeira, a segunda, a terceira e a quarta secretarias, estão sendo negociados com os partidos que integram o bloco de apoio a Temer. O segundo cargo em importância, que poderá ser a primeira vice-presidência ou a primeira secretaria deverá ficar com o PT, pela norma da proporcionalidade.