Portal Terra
BRASÍLIA - O ministro da Justiça, Tarso Genro, afirmou que o sargento da Polícia Militar José Luiz Carvalho Barreto, suspeito de ter atirado em um torcedor do São Paulo ontem, deveria ter tido um outro tipo de treinamento em casos de abordagem, não utilizando inclusive armas letais em confrontos com torcidas de futebol. O ministro lamentou a ação do policial, mas disse que, pelo fato de ele ter recebido esse tipo de orientação, não pode ser responsabilizado individualmente pelo incidente. O sargento está preso em uma penitenciária militar, mas, por decisão da Justiça, será colocado em liberdade.
- O Pronasci (Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania), em casos como esse, determina que os policiais usem armamento não-letal, um armamento que é capaz de imobilizar a pessoa, se ela deve ser imobilizada, sem causar sua morte ou dano forte à sua integridade física. Isso que aconteceu ontem provavelmente não seja nem culpa do policial individualmente. Ele estava treinado para isso. Ele foi educado para tomar aquela atitude - comentou.
- Se ele está educado para ter outro tipo de abordagem, e tem um armamento não-letal, isso não aconteceria. O resultado seria altamente positivo porque a pessoa seria imobilizada, mas não receberia um tiro, como ocorreu e como ocorre freqüentemente em situações idênticas a essa - avaliou o ministro da Justiça.