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BRASÍLIA - A Força-Tarefa Previdenciária - integrada pelo Ministério da Previdência Social, Polícia Federal e Ministério Público Federal - realizou hoje duas operações no Rio Grande do Sul. Foram desarticuladas duas quadrilhas que atuavam em Porto Alegre, Viamão (Região Metropolitana) e em mais quatro municípios do Vale do Itaqui (região central do estado). Na operação de combate às fraudes contra o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) foram presas 13 pessoas, sendo um prefeito eleito e três servidores do INSS, e expedidos 21 mandados de busca e apreensão.
O prejuízo estimado nas duas operações pode atingir a R$ 12 milhões. As duas quadrilhas atuavam de forma semelhante, fraudando benefícios previdenciários com a utilização de documentos falsos e inclusão de tempo de serviço e contribuição fictícios para a concessão de aposentadoria. Estima-se que foram concedidas, pelo menos, 160 aposentadorias no Vale do Itaqui.
A operação do Vale do Itaqui - batizada de 'sonho encantado', nome da Agência da Previdência Social de Encantado, onde foram implantadas as concessões fraudulentas - causou um prejuízo estimado de cerca de R$ 5 milhões. Em cinco meses de investigação, a operação "chacrinha" -realizada em Porto Alegre e Viamão - causou um prejuízo de R$ 330 mil. No entanto, segundo estimativas, este valor pode chegar a R$ 7 milhões. O nome chacrinha é o sobrenome do principal investigado.
Na residência dos presos foram apreendidos 53 mil dólares, R$ 39 mil, além de jóias e veículos. As investigações começaram em junho deste ano, motivadas por denúncias encaminhadas ao Ministério da Previdência Social. As pessoas favorecidas pelas fraudes serão chamadas pela Previdência Social para devolver os valores recebidos irregularmente.
Durante este ano, a Força-Tarefa realizou 38 operações em todo o país, com um prejuízo estimado em R$ 105 milhões na área de benefícios. De janeiro até agora, foram presas 308 pessoas, sendo 75 servidores, e expedidos 498 mandados de busca e apreensão.