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SÃO PAULO - O presidente da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF), Sandro Avelar, enviou uma carta ao governador de São Paulo, José Serra, na qual apóia a luta pela recomposição salarial dos policiais civis do Estado.
No documento, Avelar destaca a defasagem salarial dos policiais paulistas e pede que seja encontrada uma solução para essa corporação, que apesar de trabalhar no Estado mais rico do país, recebe salário abaixo dos demais.
- Com muita tristeza acompanhamos o episódio do conflito entre os colegas das polícias Civil e Militar paulistas e ouvimos as declarações de vossa excelência afirmando ser um movimento de poucos e com finalidade político-partidária, visando influenciar o segundo turno das eleições - afirma a carta da ADPF.
O texto ressalta que, ao término do período eleitoral, a associação se sente com mais liberdade para manifestar que considera a defasagem salarial dos policiais civis em São Paulo "imensa". A consideração é ilustrada com os salários no Piauí, 'onde o custo de vida é muito mais baixo'.
- A valorização do profissional da segurança pública, em qualquer lugar do mundo, é elemento imprescindível para a redução da violência e da criminalidade - aponta o presidente da ADPF.
A categoria reivindica aumento de 15% para 2008, 12% para 2009, 12% para 2010 - incorporados em cinco parcelas, sendo a última em julho de 2010.
Os policiais também pedem a revisão do projeto de aposentadoria especial proposto pelo governo. O texto prevê o aumento da idade limite para aposentadoria dos funcionários que ingressaram na corporação depois de 2003.
Para os homens, a idade passaria de 53 para 55 anos, e as mulheres, de 48 para 50 anos. A categoria defende a permanência da aposentadoria por 30 anos de serviço e das idades.