Portal Terra
SÃO PAULO - A Polícia Civil de Franca, interior de São Paulo, prendeu o desempregado Rogério Luciano Alves, 28 anos, por ter matado a vendedora Kenia Bruna Bazon, 22 anos, que estava grávida de dois meses, na segunda-feira.
Aos policiais, o acusado, vizinho da jovem, teria dito discutiu com a garota ao ter sua sexualidade colocada em prova. Ele também teria admitido ter cometido o crime sob efeito de álcool e droga. A polícia não acredita na versão.
O depoimento aponta que Alves teria sido convidado pela jovem grávida a entrar na casa dela para manter relações sexuais. Segundo ele, por estar sob o efeito de cocaína e outras bebidas alcoólicas, após o ato sexual, ela teria dito que o desempregado era homossexual. Descontrolado, ele a teria agredido e a sufocado até a morte.
O delegado Márcio Murari, da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Franca, não acredita na versão do acusado. Segundo Murari, os aparelhos de DVD e a bolsa da jovem sumiram da casa. Além disso, testemunhas descartam a possibilidade de Kenia ter algum tipo de relação mais próxima com o vizinho.
- Ele entrou mesmo para manter relações sexuais forçadas e matou ela por matar e também porque era vizinho e seria reconhecido- disse o delegado.
A polícia desconfia que ele tenha chamado a vendedora no portão e a rendido ainda na entrada.
- Ele entrou mesmo com essa pretensão de estuprá-la e, depois de matar, aproveitou para levar algumas coisas embora, porque é viciado em drogas- destacou o delegado.
Alves tem passagem criminal por uso de documento falso. Murari pediu a prisão temporária por 30 dias e prepara a requisição da prisão preventiva para que ele permaneça atrás das grades até o fim do processo.
- Vamos indiciar ele por latrocínio e estupro- adiantou o delegado.
A pena para o latrocínio é de 20 a 30 anos e a de estupro varia de seis a 10 anos de prisão.
Kenia, que estava grávida de dois meses, foi encontrada morta e quase nua pelo marido em cima da cama de casa. Apesar de ter levado uma facada nas costas, a jovem morreu por estrangulamento, de acordo com o laudo preliminar da perícia. A moça é filha do radialista e repórter de polícia Laerte Bazon, do Sistema Hertz de Rádio.
A filha do radialista era casada com um sapateiro. Eles moravam há 11 meses juntos na casa em que ela foi morta. Kenia esperava o primeiro filho do casal.