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GOINIA - O sindicalista e ex-policial acreano Manoel Décio Santos de Lima, 40 anos, uma das testemunhas contra o ex-deputado federal Hildebrando Pascoal, foi executado com oito tiros à queima-roupa nas margens da GO-050, próximo a Chapadão do Céu, a 503 km de Goiânia.
Lima era uma das principais testemunhas contra Hildebrando, que está preso desde 1999 na Penitenciária Estadual de Segurança Máxima Antônio Amaro Alves, em Rio Branco (AC). O ex-deputado responde processos por liderar um grupo de extermínio, por tráfico de drogas, roubo de carga e corrupção eleitoral.
Uma testemunha que dirigia rumo a Chapadão do Céu viu Lima ensangüentado na rodovia, pedindo socorro e sendo perseguido por um homem armado, que usava o carro da vítima.
De acordo com a Polícia Militar da cidade, a vítima estava inscrita com a família no Programa de Proteção a Testemunhas, sob responsabilidade da Polícia Federal, desde que depôs contra o ex-congressista.
Lima vivia há seis anos com a mulher e os filhos em Chapadão do Céu. Atualmente, ele presidia o Sindicato dos Trabalhadores Rurais da cidade e ajudava na campanha eleitoral do cunhado, o líder sem-terra e candidato a vererador Romil Irineu Batista da Silva.
A mulher da vítima afirmou aos policiais que o marido teria saído de casa um dia antes do crime para tratar de um "assunto urgente" em um escritório na cidade vizinha de Chapadão do Sul (MS).
A testemunha que procurou a polícia informou que viu Lima pedindo carona e, ao parar, foi fechado por um outro homem em um carro. Ao perceber que o sindicalista estava ensangüentado e que o homem estava armado, fugiu do local.
O corpo foi encontrado três horas depois, por policiais militares, em uma lavoura de nabo ao lado da rodovia. O carro da vítima estava parado no mesmo local em que fechou o veículo da testemunha.
Cápsulas de pistola calibre 380 foram encontradas no local. A vítima tinha ferimentos na nuca, nas costas e abaixo do braço.