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MP aciona reitor e vice da Unifesp por improbidade

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Portal Terra

SÃO PAULO - O Ministério Público Federal (MPF) e a Advocacia Geral da União (AGU) ajuizaram na Justiça Federal de São Paulo, ação civil pública, com pedido cautelar, para indisponibilizar os bens e quebrar os sigilos bancário e fiscal do reitor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Ulysses Fagundes Neto, do vice-reitor, Sérgio Tufik, do atual chefe de gabinete da reitoria, Reinaldo Salomão, e da ex-chefe de gabinete da reitoria Lucila Amaral Carneiro Vianna por atos de improbidade administrativa.

É pedido também o afastamento de Fagundes Neto, Tufik e de Salomão dos seus cargos para apurar as demais ilegalidades cometidas por eles e preservar os interesses da universidade. De acordo com o procurador Sergio Suiama, autor da ação, os réus vêm atuando com "claro propósito" de dificultar a apuração das ilegalidades praticadas.

O procurador entende que a improbidade está caracterizada em três momentos: a primeira, relacionada a 13 viagens ao exterior ocorridas em 2006 e 2007; a segunda, pela violação do regime de dedicação exclusiva, que culminou em enriquecimento ilícito por parte do reitor; a terceira, pelo uso irregular do cartão corporativo em despesas pessoais nacionais.

Ao final da ação, o MPF quer a condenação de todos os réus a restituir integralmente à Unifesp as importâncias recebidas indevidamente por Fagundes Neto. Requere-se ainda que os acusados tenham: perda dos bens e valores acrescidos ilicitamente aos seus patrimônios; perda da função pública e suspensão dos direitos políticos por até 10 anos; pagamento de multa civil de até três vezes o valor do acréscimo patrimonial obtido; proibição de contratar com o poder público.