ASSINE
search button

Testemunha: irmão de Isabella não viu 3ª pessoa no apartamento

Compartilhar

Portal Terra

SÃO PAULO - O morador do edifício London Jéferson Friche, testemunha solicitada pelo juízo, que teria falado com Pietro, irmão de Isabella Nardoni, na noite do crime, disse em depoimento no Fórum de Santana que o menino negou que houvesse ladrão no prédio. Segundo Friche, Pietro chorava muito e disse isso enquanto o vizinho o segurava no colo, tentando acalmá-lo. A informação é da assessoria do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP).

- Ela queria ver a lua, queria ver a casa - teria dito o garoto quando o vizinho perguntou se ele tinha visto a irmã cair. Ainda de acordo com a testemunha, Pietro ficou mais perturbado ao ver a avó chegar ao local. Friche depôs entre as 15h10 e as 15h20.

Mais cedo, o pedreiro Gabriel Santos Neto, 46 anos, testemunha de defesa do casal Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, negou ao juiz que tenha havido um arrombamento na obra em que trabalhava, na casa vizinha ao edifício London. Ele disse que, inclusive, seu rádio estava no lugar onde havia deixado. Santos Neves foi ouvido das 13h45 até as 14h58.

A enfermeira Christiane de Brito, moradora da casa vizinha que teria sido arrombada na noite do crime, depôs entre as 15h e as 15h10.

Isabella Nardoni, 5 anos, foi encontrada ferida no dia 29 de março no jardim do prédio onde moram o pai Alexandre Nardoni e a madrasta Anna Carolina Jatobá, na zona norte de São Paulo. Segundo os Bombeiros, a menina chegou a ser socorrida e levada ao Pronto-Socorro da Santa Casa, mas não resistiu aos ferimentos e morreu por volta da 0h. O inquérito policial apontou que ela foi agredida, asfixiada e jogada do sexto andar do edifício.

No dia 18 de abril, Alexandre e Anna Carolina foram indiciados por homicídio doloso, triplamente qualificado. No dia 6 de maio, o promotor Francisco Cembranelli denunciou e pediu a prisão preventiva do casal, aceita pela Justiça. Alexandre está preso na Penitenciária Dr. José Augusto Salgado (P-2), em Tremembé (SP), e Anna Carolina, na Penitenciária Feminina Santa Maria Eufrásia Pelletier, também em Tremembé.