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Pai de bebê morto em creche diz que não houve fatalidade

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Portal Terra

SÃO PAULO - Júlio César Ribeira, pai do menino Gabriel, 7 meses, disse que a morte de seu filho na creche Pedacinho da Lua, na zona norte de São Paulo, 'não foi uma fatalidade' e que seu filho não foi socorrido. As afirmações foram feitas depois que Ribeira ouviu a entrevista com o advogado da proprietária da creche, Alberto Rinaldi. O defensor falou que não constava nos registros do estabelecimento de que o menino tinha refluxo.

- Eu gostaria de dizer que o problema não é o refluxo, se o meu filho tinha alguma doença ou não tinha. O meu filho estava com saúde. O problema é: não houve atendimento para o meu filho. Não houve resgate, nem pessoa para dar os primeiros socorros. Por favor, parem de falar no refluxo. Pois o refluxo não teve influência nenhuma na morte do meu filho - afirmou o pai de Gabriel.

Durante depoimento de cerca de 2 horas prestado ontem para o delegado do 90° DP, Ribeira afirmou que o fato do menino apresentar refluxo gástrico estava na sua ficha médica. Hoje, o pai do menino criticou o fato de o advogado da creche ter tido acesso ao diário com as informações da criança. - O diário ficou na mão do advogado. A polícia tinha de ter chegado, fechado tudo (referindo-se à creche), lacrado, até que se chegasse a uma conclusão sobre a morte dele. Não foi uma fatalidade - afirmou.

Em entrevista, o advogado rebateu as críticas feitas pelos pais da criança e afirmou que no local que o bebê estava havia funcionários a todo momento e que o garoto não teria feito qualquer movimento mais brusco ou suspeito.

A defesa também disse que a família poderá verificar se alguma página foi arrancada do diário da escola, que foi apresentado à polícia. - Precisa-se arrumar um culpado para a história e é isso que estão tentando fazer - completou o advogado Alberto Rinaldi, alegando que a família apresentou três versões diferentes do caso.