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Anistia relata preocupação com impactos de obras do PAC

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JB Online

LONDRES - O relatório anual da Anistia Internacional, divulgado nesta quarta-feira em Londres, destacou a criação do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), voltado a melhorias na infra-estrutura básica, como principal sustentáculo da política do governo federal. No entanto, o documento também menciona a preocupação manifestada por organizações não-governamentais com o impacto causado por projetos de pavimentação de estradas e de construção de represas próximo a terras indígenas.

- Organizações não-governamentais brasileiras manifestaram preocupação pelo impacto causado por projetos de pavimentação de estradas e de construção de represas próximo a terras indígenas. O programa de redistribuição de renda do governo federal, o Bolsa Família, contribuiu para a redução da pobreza extrema diz o relatório que analisou diversos outros países e dedicou cinco páginas ao Brasil.

Desrespeito aos Direitos Indígenas

O relatório analisa a situação do cumprimento dos direitos humanos em 150 países. Ainda de acordo com o documento, os povos indígenas também são alvos de diversas violações de direitos humanos, principalmente em Mato Grosso do Sul.

De acordo com o pesquisador da organização sobre temas relacionados ao Brasil, Tim Cahill, por causa de interesses econômicos e políticos, os índios da etnia Guarani-Kaiowá, que vivem na região, são um exemplo de tribo que tem sofrido ataques violentos, além de serem mortos por guardas particulares contratados por empresas ou por latinfundiários.

- O Estado do Mato Grosso do Sul continuou sendo um foco de violência contra os povos indígenas. Emjaneiro,Kuretê Lopes,uma mulher indígena Guarani-Kaiowáde69anosde idade,morreu ao levar um tiro no peito,disparado por um segurança privado, durante a evacuação de uma área cultivável que os Guarani-Kaiowá ocupavam diz o texto.

O texto ainda diz que casp não ocorra reforço algum por parte dos governos no reconhecimento dos direitos constitucionais dos povos indígenas, "eles continuarão a sofrer violação dos direitos humanos".