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BRASÍLIA - A presidente da CPI mista dos Cartões Corporativos, senadora Marisa Serrano (PSDB-MS), disse que a secretária executiva da Casa Civil, Erenice Guerra, poderá ser convocada para prestar depoimento. A decisão vai depender do resultado da sessão da próxima terça-feira, quando a CPI ouvirá o ex-funcionário da Casa Civil apontado como vazador dos dados sigilosos sobre gastos do ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso, José Aparecido Nunes Pires, e o assessor do senador Álvaro Dias (PSDB-PR), André Fernandes.
- Eu não sei o que ele (Aparecido) pode fazer nesse caso, mas o nome de Erenice está surgindo desde o início, o cerco está se fechando e, isso ocorrendo, pode ser que ela seja convocada - disse Marisa.
A senadora disse ainda que, na próxima terça-feira, poderá ser realizada uma acareação com Aparecido e Fernandes.
- Se houver qualquer tipo de contraponto, aí deve ser realizada a acareação. Aparecido dá a impressão de que não quer falar - afirmou Marisa.
A presidente da CPI descartou a possibilidade de adiar o depoimento dos dois na próxima terça-feira. Aparecido presta depoimento hoje para a Polícia Federal e os integrantes da CPI pretendem ouvir tanto Aparecido quanto Fernandes com as cópias dos depoimentos à PF em mãos.
- Não vejo razão alguma para postergar a sessão de terça, só se houver algo muito grave - afirmou Marisa.
Uma sindicância da Casa Civil apontou Aparecido, secretário de Controle Interno da Casa Civil, como o responsável pelo vazamento dos dados sigilosos sobre gastos do ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso. Segundo as investigações, ele trocou e-mails com André Fernandes, anexando o suposto dossiê às mensagens. Pires confirmou a troca de e-mails, mas negou ter enviado o arquivo.