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RR: prefeito é solto e diz que continua resistência

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Agência Brasil

BRASÍLIA - O prefeito de Pacaraima (RR) e líder arrozeiro, Paulo César Quartiero, saiu nesta noite da Superintendência da PF em Brasília, onde estava preso desde o dia 6.

Ele negou que escondia explosivos na fazenda Depósito, de sua propriedade, e prometeu continuar com a resistência à retirada dos produtores de arroz da Terra Indígena Raposa Serra do Sol, no extremo norte do Roraima.

De acordo com ele, a prisão foi injusta e teve motivação política. "Se eu tinha bombas, não sabia", alegou o prefeito, que aproveitou para criticar o governo federal.

- As únicas bombas que existem lá se chamam Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), Funai (Fundação Nacional do Índio) e Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) - provocou.

Quartiero também negou ter ordenado que seus funcionários atirassem em índios que entraram em sua fazenda no dia 5.

- Não ordenei nada. Não houve ataque nenhum, mas um conflito que infelizmente deixou feridos - disse.

Segundo o prefeito, a resistência contra a retirada dos não-indígenas da Terra Indígena Raposa Serra do Sol vai continuar.

Para ele, a manutenção dos produtores rurais na região é essencial para a manutenção da soberania brasileira na região: "não vamos entregar Roraima e nem deixar que entreguem a Amazônia".

Por unanimidade, a 2ª Seção do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, em Brasília, concedeu liberdade provisória a Quartiero.

Os desembargadores também negaram pedido de prisão preventiva contra mais nove pessoas denunciadas pelo Ministério Público Federal.

O nome dos outros acusados não foi divulgado porque o processo corria em segredo de Justiça.