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UNE e UBES relembram data que mudou a história do país

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JB Online

RIO - Em homenagem aos 40 anos do mês de maio de 1968, a União Nacional dos Estudantes (UNE) e a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) promovem, hoje e amanhã, um ato político pela reconstrução da sede das entidades, no restaurante Lamas, no Flamengo. Além disso, recebem, no terreno da Praia do Flamengo, a Caravana da Anistia, ação do Ministério da Justiça, que tem o objetivo de reparar, financeiramente, as vítimas de perseguição política da ditadura militar, respectivamente.

Hoje, às 20h, as duas entidades promovem no restaurante Lamas, no Flamengo, um ato político de adesão à campanha 'Meu apoio é concreto', pela reconstrução de suas sedes e de um Centro Cultural. O projeto foi doado pelo arquiteto Oscar Niemeyer.

O ato contará com a presença de personalidades do cenário político, ex-lideranças estudantis, como o prefeito de Nova Iguaçu, Lindberg Farias, e Fernando Gusmão, ambos ex-presidentes da UNE, artistas do lendário Centro Popular de Cultura da UNE e do atual projeto cultural da entidade, o CUCA, todos apoiadores da reconstrução.

Foi no Lamas, em 1994, que o então presidente Itamar Franco devolveu a propriedade do terreno na Praia do Flamengo,132, à UNE e à UBES. O fato histórico foi comemorado com um encontro entre Itamar e os estudantes, com a presença do então presidente da UNE, Fernando Gusmão.

No dia 15, a sessão da Caravana da Anistia na Praia do Flamengo, 132, julgará processos de cinco ex-militantes estudantis perseguidos, presos e torturados no período da ditadura militar.

Além do julgamento está programado um ato político e atividade cultural em defesa da abertura dos arquivos da ditadura militar. A abertura da sessão, marcada para as 10h, contará com as presenças do ministro da Justiça, Tarso Genro; ministro da Saúde, José Gomes Temporão; do presidente da Comissão de Anistia, Paulo Abrão Pires Junior; do presidente da OAB, Cezar Brito; além dos presidentes da UNE, Lúcia Stumpf, da UBES, Ismael Cardoso, e da União Estadual dos Estudantes do Rio de Janeiro, Daniel Iliescu.

A programação também inclui uma exposição sobre 1968, que ficará aberta ao público durante todo o dia e apresentação Cultural do grupo Tá na Rua e Circuito Universitário de Cultura e Arte (CUCA da UNE), que irá encenar importantes acontecimentos do movimento estudantil de 1968, no Rio, como a morte do estudante Edson Luis e o discurso de Vladimir Palmeira na passeata dos 100 mil, além de cenas alusivas à necessidade de abertura dos arquivos da ditadura militar. A já tradicional roda de samba que acontece aos sábados no terreno marcará o encerramento das atividades.