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Ferrovia da Vale é liberada, mas reparos adiam volta de operação

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REUTERS

CARAJÁS - Apesar dos garimpeiros e integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra terem desocupado a Estrada de Ferro Carajás, da Vale, no Pará, a empresa ainda não tem previsão de quando poderá deixar a ferrovia em condições de uso.

A ferrovia, canal de escoamento de minério da mina de Carajás, foi interditada na noite de terça-feira na 11ª invasão a ativos da Vale desde março de 2007 pelo MST e grupos de ação popular. A mineradora obteve, na noite de terça-feira, mandado de reintegração de posse da EFC.

Com a invasão, a Vale deixou de transportar 285 mil toneladas de minério de ferro e 1.300 pessoas ficaram sem transporte, informou a empresa em um comunicado nesta quarta-feira.

Segundo o comunicado, entre outros danos, os manifestantes retiraram 1.200 grampos que fixam os trilhos ao solo, num trecho de mais de 200 metros de extensão; cortaram os cabos de fibra ótica que passam pelos trilhos, interrompendo a comunicação via celular de Carajás; atearam fogo em pneus sobre os trilhos, danificando mais de 300 dormentes; e usaram macaco hidráulico para levantar os trilhos, comprometendo a sustentação da linha.

- Por essas razões, a simples liberação da via pelos invasores não significa que os trens possam voltar a circular de imediato - informou a Vale.