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BRASÍLIA - A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Cartões Corporativos rejeitou requerimento que pedia a convocação do presidente do Banco do Brasil para dar explicações sobre os dados enviados à CPMI.
Segundo o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), as informações que chegaram à Comissão são diferentes das encaminhadas às auditorias do Tribunal de Contas da União (TCU).
- Os documentos chegaram com o número zero para os não-sigilosos e número um para os sigilosos. Eu contei e o documento do TCU tinha 1.016 gastos diferentes dos nossos - disse o deputado.
Ele alegou que os dados que continham no suposto dossiê de gastos presidenciais na gestão Fernando Henrique Cardoso foram omitidos da documentação enviada à CPMI.
- Há uma ligeira coincidência dos dados suprimidos pelo Banco do Brasil e dos colocados no dossiê. Não queria fazer essa acusação publicamente, mas o que foi suprimido foram os dados tidos como constrangedores de gastos de Fernando Henrique Cardoso e Ruth Cardoso. A partir de agora, passo a duvidar do Banco do Brasil - disse Sampaio.
O impasse entre a convocação do diretor do Banco do Brasil e a ida de parlamentares ao Banco gerou um certo mal-estar entre a presidente da CPMI, senadora Marisa Serrano (PSDB-MS,) e o deputado Paulo Teixeira (PT-SP).
- Prestar informação falsa induz ao erro. Isso para mim é muito sério -disse Marisa Serranos referindo-se à denúncia do deputado Carlos Sampaio.
- A senhora não ouviu o outro lado. A senhora está extrapolando. Esse requerimento é grave. Temos de aprovar, no máximo, uma visita ao Banco do Brasil - rebateu Paulo Teixeira.
- Não se pode acusar o Banco do Brasil de prestar informações falsas. Elas já estavam no Portal da Transparência - defendeu o deputado Maurício Quintella (PR-AL.
Com informações da Agência Brasil