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BELÉM - A abolvição do fazendeiro Vitalmiro Bastos de Moura, o Bira, acusado de ser o mandante do assassinato da missionária Dorothy Stang, faz com que agricultores assentados em terras paraenses temam a volta da violência por parte dos proprietários de terras. A disputa pela posse das propriedades, das quais os fazendeiros como Bira se consideravam donos, era o principal motivo das ameaças à freira. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.
Na última terça-feira, em Belém, quando Bida recebeu a absolvição da Justiça, fogos de artifício foram estourados por outros fazendeiros em Anapu, a cerca de 750 km da capital do Pará. No Projeto de Desenvolvimento Social Esperança, no entanto, a decisão judicial provocou consternação, com a possibilidade de que o medo e a tensão volte a tomar conta da região.
- Ele vai chegar e fazer o que der vontade - disse o agricultor e artesão Antônio Dias dos Reis, 34 anos. Para o Bispo Erwin Krautler, do Xingu, a absolvição "escancara todas as portas para outros crimes.
O advogado Eduardo Imbiriba, defensor do fazendeiro Bida, a condenação de seu cliente não cessaria os confrontos no Pará. A reportagem não localizou nenhum grande fazendeiro de Anapu para comentar a absolvição de Bira.