Agência Brasil
RIO - A partir do próximo ano, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) já deve dispor de um sistema de rastreamento de remédios. Nesta semana, a agência encerrou a consulta pública para definir a tecnologia a ser usada no novo sistema. Segundo a especialista em Vigilância Sanitária da Anvisa, Fernanda Coura, dentro de um mês serão consolidadas as sugestões recebidas na consulta pública.
- Foram cerca de 60 sugestões, mais de 10 tipos de tecnologias foram apresentadas. O grupo de trabalho vai se reunir para tentar identificar qual é a melhor tecnologia e a partir daí começar a implementação. Acreditamos que no início do próximo ano [o sistema] já esteja no mercado -.
O objetivo de um sistema de rastreamento é tornar efetivo o recolhimento de medicamentos em caso de desvio de qualidade e o combate à falsificação de produtos. Os técnicos da Anvisa acreditam que a iniciativa deve inibir o roubo de carga e vai tornar mais rápidas as ações para retirar do mercado produtos com problemas de identificação.
Segundo Fernanda Coura, com um sistema de rastreamento, a agência terá condições de saber onde o medicamento está e onde deveria estar. - Se uma caixinha de medicamento aparece em um local em que ele não deveria estar, possivelmente é um roubo de carga. Nós acreditamos que essa medida possa coibir isso -.
De acordo com a especialista, o sistema vai garantir a rastreabilidade do medicamento desde a fabricação até chegar às farmácias e drogarias. - Isso pode ser feito de várias maneiras: etiqueta com chip, tinta reativa, código de barras diferenciado. O mecanismo é esse, em cada etapa da cadeia produtiva de medicamentos a Anvisa terá condições de saber aonde o produto está -.
Fernanda informou que esse mecanismo não visa somente a garantir a autenticidade do produto, ele serve para garantir essa rastreabilidade no caso de desvio de qualidade. - Com esse sistema nós teremos condições de saber onde está cada lote do produto que precisa ser recolhido -. Sobre a verificação de autenticidade, ela lembrou que atualmente as embalagens dos produtos apresentam uma "raspadinha", que contém informações importantes.
Segundo ela, o usuário deve comprar medicamentos em farmácias ou drogarias e jamais em camelô ou pela internet, porque não dão garantia da origem desses produtos. - Adquirindo na farmácia ou drogaria, devem fazer a consulta ao farmacêutico, pedir a orientação dele e fazer essa raspadinha no produto -.