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SÃO PAULO - O promotor Francisco Cembranelli, responsável pelo caso da menina Isabella, dá entrevista coletiva para explicar por que ofereceu denúncia contra o pai e a madrasta da criança.
- Não há dúvida de que eu trabalho com fatos. Os fatos estão devidamente descritos. Temos prova contundente de que houve um desentendimento do casal - disse. Segundo ele, imediatamente após a briga houve agressão contra Isabella.
- Ao formular meu pedido, eu entendo que a única medida aceitável é a decretação da custódia preventiva dos denunciados - disse Cembranelli.
- A denúncia descreve condutas de responsabilidade conjunta - afirmou. Segundo Cembranelli, a asfixia foi feita por Anna Carolina e a menina foi jogada do prédio pelo pai.
De acordo com o promotor, os laudos foram produzidos com extrema qualidade por parte do Instituto de Criminalística.
Cembranelli afirmou que o vômito de Isabella foi comprovado pelos legistas. Ele disse ainda que foi encontrada substância similiar ao vômito na roupa da menina e na roupa de Alexandre Nardoni. - Mas não considero isso tão relevante no momento - afirmou o promotor.
Cembranelli disse ainda que os indícios de que o casal alterou a cena do crime mostram que "eles não estão comprometidos com a verdade dos acontecimentos". - Temos que nos unir para que a satisfação social seja dada no menor tempo possível - afirmou.
O promotor acredita que a prisão do casal aceleraria o desfecho do caso. Segundo ele, não haverá solução para o crime "antes de cinco ou seis anos" se Nardoni e Anna Carolina continuarem soltos.