Jeferson Ribeiro, Portal Terra
BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva debateu com seus principais ministros, na reunião de coordenação na manhã desta quinta-feira, onde devem ocorrer os cortes do Orçamento desse ano e a oferta de energia disponível no País para 2008. Desde ontem, Lula tem demonstrado preocupação especial com o tema energético, depois que o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Jerson Kelman, admitiu que talvez seja necessário o governo promover um programa de racionalização em 2008.
Lula quer evitar um racionamento de energia, como fez seu antecessor, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, em 2001. Para evitar uma surpresa, o presidente está, desde ontem, exigindo informações mais detalhadas sobre as declarações de Kelman. Na quarta-feira, ele reuniu a cúpula do setor elétrico no Palácio do Planalto e até a ministra chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, que só retornaria de férias hoje, participou do encontro.
O problema no setor surge no mesmo momento em que o presidente cogita entregar o comando do Ministério de Minas e Energia novamente ao PMDB, que indicou o senador Edison Lobão (PMDB-MA) para o cargo. Até maio do ano passado, o PMDB detinha o comando do ministério, mas o indicado do partido era o engenheiro elétrico com vasto conhecimento do setor, o ex-ministro Silas Rondeau.
Sobre os cortes no Orçamento, o presidente ainda insiste que é preciso preservar os investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e minimizar o máximo possível os cortes nos programas sociais na área da segurança pública, educação e combate à fome e à pobreza.