Agência JB
BRASÍLIA - No seu discurso de defesa, o ex-presidente do Senado, Renan Calheiros, disse que seu nome não aparece em nenhum dos papéis entregues pelo usineiro João Lyra ao Conselho de Ética. - São papéis seus. Em nada me comprometem - argumentou Calheiros.
Renan reconhece que foi portador de uma proposta de compra de empresas, mas isso não caracteriza uso indevido do cargo de Ministro de Estado, nem quebra de decoro.
Calheiros afirmou que, ao contrário do que consta no relatório de Jefferson Peres, as pessoas citadas pelo acusador João Lyra como laranjas não estavam ou estão lotadas em cargos de confiança de seu gabinete.
- Meu filho é cotista de rádios adquiridas e pagas com doações minhas. E daí, qual o problema? Onde está a falta de decoro? - questionou Calheiros sobre um dos supostos indícios contra ele. - É um direito dele ser sócio. É um dever meu, de pai, ajudá-lo. Nada de errado há nisso - completou o senador.