Agência Brasil
BRASÍLIA - O Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDF) destruiu nesta segunda-feira, em operação conjunta com o Ministério Público e a Polícia Civil do Distrito Federal, 300 máquinas caça-níqueis, apreendidas em todo o DF, principalmente na região do entorno e nas cidades satélites. De acordo com o TJDF, os caça-níqueis estão ligados a outras atividades ilícitas, como lavagem de dinheiro e contrabando.
Segundo o coordenador da Recepção, Guarda e Expedição de Objetos de Crime do TJDF, juiz Benito Tiezzi , a destruição do material faz parte da estratégia do poder público de combate ao crime organizado no Distrito Federal.
- A única solução que realmente surte efeito é tocar no bolso do contraventor, destruir a máquina, que é a fonte de renda dele.
A promotora do Núcleo de Combate ao Crime Organizado, Alessandra Quiroga, disse que o Ministério Público também combate a atividade enquadrando as pessoas que exploram tais jogos como praticantes de estelionato.
- A perícia do Distrito Federal, do Instituto de Criminalística, tem demonstrado que as máquinas têm sido manipuladas de modo que aumenta muito a probabilidade de perda das pessoas. É um programa sofisticado, que, para nós, é muito mais um estelionato que simplesmente uma exploração de jogos de azar.
Enquanto a exploração de jogos de azar, como caça-níqueis, é somente uma contravenção, sujeíta a penas leves, o estelionato é crime, previsto no Código Penal e com pena de até dois anos.
As máquinas caça-níqueis destruídas tinham sido apreendidas em todo o Distrito Federal, principalmente na região do entorno e nas cidades satélites. De acordo com o TJDF, ainda existem cerca de três mil caça-niqueis em depósitos da Polícia Civil e do Judiciário do Distrito Federal.