Fabrício Escandiuzzi, Portal Terra
SANTA CATARINA - Exatamente um ano após a morte de seis crianças que brincavam com um pedalinho numa lagoa em São José, na região metropolitana de Florianópolis, o Ministério Público de Santa Catarina decidiu arquivar o processo criminal aberto pela polícia. A promotoria entendeu que a tragédia foi um acidente e não teria sido causada por ação de terceiros, como alegava o delegado responsável pelo caso, Rodrigo Marquetti.
O caso ocorreu em 7 de novembro do ano passado. Seis colegas, com idades entre 9 e doze anos, invadiram uma propriedade para brincar num pedalinho dentro de um açude. O brinquedo virou e matou as seis crianças afogadas. Durante o inquérito policial, o delegado Marquetti, indiciou um rapaz, supostamente ligado ao tráfico de drogas, que teria "ordenado" ao caseiro da propriedade que deixasse as crianças brincarem no local.
De acordo com o promotor Alexandre Lemes a ação do jovem não teria sido o fator determinante da tragédia e, por isso, a denúncia não seria oferecida pelo MP.
A morte das crianças comoveu todo o estado de Santa Catarina e gerou muita polêmica. Na época, moradores chegaram inclusive a dizer que seriam sete as vítimas e que o corpo de uma criança nunca foi encontrado. O fato nunca foi confirmado. Os colegas Danilo Leite Júnior, 14 anos, Marcos William Amorim, 11 anos, Robson de Oliveira dos Santos, 13 anos, Liziane Chaves dos Santos, 13 anos, além das irmãs Amanda e Karina Rodrigues da Silva, 13 e 11 anos, costumavam entrar no sítio para brincar com frequência.