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Polícia ouve jovens sobre o 'vampiro' de São Paulo

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Cícero Affonso , Portal Terra

PRESIDENTE PRUDENTE - O delegado Dirceu Gravina, titular do 4º Distrito Policial de Presidente Prudente (565 Km a oeste de São Paulo), ouviu nessa terça-feira, diversos adolescentes que tiveram contato com o místico Vandeir Máximo da Silva, 27 anos, que se autodenomina Vampiro e usa o codinome de Wlad Hacamia. Ele afirma ter descendência russa e romena e é acusado de aliciar jovens e morder seus pescoços para que eles se tornem "seres da noite".

Através das informações colhidas pelos adolescentes, a Polícia Civil descobriu que os jovens são adeptos do estilo de vida emo: - são grupos de jovens dissidentes dos darks, que se reúnem sempre à noite, usam maquiagens escuras e carregadas, possuem as franjas cobrindo os olhos, vestem roupas pretas, ouvem o mesmo tipo de música, freqüentam cemitérios e praticam o auto-flagelo. Durante todo o tempo em que ouvimos os adolescentes, eles se beliscavam se furavam com agulhas e evitam ao máximo olhar nos olhos das pessoas -, afirma o delegado.

Gravina explica que os adeptos desse grupo, na sua maioria, praticam a psicosexopatia denominada vampirismo: - Nesse caso, a satisfação da libido é alcançada ao sentir o sangue de outra pessoa -, relata a autoridade.

No caso dos jovens ouvidos, eles afirmam que conheceram há cerca de dois meses, uma mulher, que usava o nome de Rainha Athenas e que estaria grávida da 3ª gestação de um filho de Wlad, que segundo ele não poderia nascer, pois seria a reencarnação do mal. Por isso, ele buscava oferendas para evitar o nascimento. O grupo tinha previsão para fazer uma viagem nos próximos dias até um castelo em uma ilha nas imediações de Santos (SP), onde seriam ordenados pelo superior e então se transformariam em seres imortais e com diversos poderes sobrenaturais.

- Isso está se proliferando principalmente na Internet, nos sites de relacionamento, onde facilmente se encontra algo desse tipo. Os jovens que possuem tendências para tal estilo, passam a acompanhar e acabam participando com tamanha intensidade que não se dão conta dos fatos -, conta o delegado.

A Polícia Civil ainda analisa como vai tratar do assunto. Wlad já foi identificado e a polícia espera ouvi-lo em breve.

- Vamos ouvir mais pessoas e compararmos os depoimentos deles. Até aqui, não tivemos muita evolução no caso, mesmo porque a própria filosofia deles é de falar muito pouco. Cada um deles conta uma parte do que acontece, então temos que montar o quebra-cabeça. Mas vamos apurar detalhadamente e dar uma satisfação à sociedade que se mostra preocupada, devido a essa conduta, no mínimo, anormal -, garante.